Assaduras de bebê

Sempre que possível falo aqui no site e no Instagram sobre os impactos do clima na saúde dos pequenos, seja no desenvolvimento de patologias de vias aéreas superiores – como a rinite alérgica e a pneumonia infantil e a – seja no impacto sobre a pele do bebê. Esta merece atenção especial a partir do momento que ele começa a usar fraldas: aparecem, então, as famosas assaduras de bebê, também conhecida como dermatite de fralda. Neste texto, vou explicar porque elas surgem e o que deve ser feito para preveni-las e tratá-las.

Conforme o verão vai se aproximando, o tempo daqui da região de Sete Lagoas vai ficando mais quente e úmido, como acontece em quase todo o Sudeste do país. Nessas condições climáticas, a velocidade da evaporação do suor no nosso corpo acaba diminuindo. Com mais calor e umidade, criam-se condições propícias para a proliferação de microrganismos.

Estes são potenciais causadores de assaduras de bebê mas não são os únicos. As assaduras que aparecem na região das fraldas podem ser provocadas por um ou vários fatores que nem sempre são, necessariamente, os microrganismos.

Transição alimentar

 

Assaduras de bebê: o que são e quais as causas prováveis?

A irritação, inchaço e tom avermelhado da pele nas regiões do corpo do bebê que ficam cobertas pela fralda são os principais sinais que caracterizam as assaduras. Eles indicam uma reação inflamatória da pele, que pode ter sido desencadeada por alguns fatores.

A vermelhidão da pele normalmente sinaliza a existência de micro lesões geradas no estrato córneo, a camada mais externa da epiderme. Numa pele já naturalmente sensível, como a de um bebê, essas micro lesões podem ser facilmente provocadas pelo excesso de contato da pele do bebê com fluidos quentes: fezes, urina e suor.

Se não são devidamente tratadas enquanto estão apenas na fase de vermelhidão, as assaduras de bebê podem evoluir para pequenas brotoejas e descamação da pele. Estas costumam ser provocadas por um agravo das micro lesões e consequente infecção pelo fungo Cândida, o mesmo que provoca o sapinho.

Além desses fatores mais gerais, a assadura de bebê, em alguns casos, também pode ser provocada por alergias que o bebê possui a determinadas substâncias: os materiais das fraldas descartáveis ou os componentes do lenço umedecido. 

 

Prevenção e tratamento

A principal forma de prevenir as assaduras de bebê é ficar atento à frequência da troca de fraldas e à higienização da pequenina ou pequenino.

As fraldas devem ser trocadas toda vez que você perceber que elas estão úmidas, seja por fezes ou urina. No caso de recém-nascidos, essas trocas provavelmente vão acontecer a cada três ou quatro horas 😅…

Quando falei sobre amamanetação, enfatizei que o recém-nascido mama aproximadamente a cada 3 horas. E algum tempo após mamar, ele vai defecar. Como nos primeiros meses de vida as fezes do bebê são muito fluidas, a fralda ficará úmida com frequência.

No momento da troca, lave o bebê com água morna e algodão. Sempre que possível, evite o uso de lenços umedecidos. Utilize-os apenas em situações de extrema necessidade, apenas quando for preciso trocar a fralda e não houver a possibilidade de limpar o bebê com água.

Em épocas de clima quente e úmido, é comum as assaduras de bebê aparecerem, mesmo se as trocas de fraldas forem feitas com todo o cuidado e na frequência correta. Portanto, se as assaduras se manifestarem, entre em contato com a pediatra. Ela recomendará o creme mais adequado para a sua pequenina ou pequenino.

Os cremes devem ser usados tanto após o banho quanto após a troca de fralda, sempre com o bebê limpo e seco, na região do corpo que fica em contato com a fralda. Se as assaduras já se espalharam, é recomendável aplicar em toda a área irritada.

A dermatite de fralda é uma queixa comum dos bebês e é bem recorrente no Brasil. Portanto, para evitá-las ou tratá-las com agilidade, mantenha em dia as consultas de puericultura. Assim a pediatra poderá analisar os sinais assim que eles se manifestarem.

Caso as assaduras evoluam rapidamente e as descamações, brotoejas e feridas surjam, procure logo a pediatra. Ela investigará o caso específico da sua filha ou filho, verificando se algum agente mais raro – alergia ou microrganismo específico – está provocando a inflamação característica da dermatite de fralda.