Rinite alérgica em crianças
As mudanças das condições do clima que estamos enfrentando nos últimos meses podem impactar a saúde de adultos e crianças. Com a variação da umidade e da temperatura, formam-se, muitas vezes, condições favoráveis para o aparecimento da rinite alérgica em crianças, essa patologia que acomete os pequenos com tanta frequência.
A rinite alérgica normalmente manifesta-se quando as crianças são expostas a ácaros, fungos, pólens, poeiras e outros causadores. Como essas partículas ou organismos são microscópicos, eles estão mais sujeitos aos efeitos das condições climáticas, especialmente temperatura, umidade e vento. Crianças que já possuem fator genético sofrerão mais com esses elementos, em determinadas condições climáticas.
A rinite alérgica é facilmente tratada quando é precocemente diagnosticada. A principal ação para reduzir os sintomas da rinite alérgica em crianças é afastá-las das condições e ambientes que a provocam, especialmente para que a doença não se associe a outras patologias respiratórias mais graves, como a asma e a sinusite.
Causas, transmissão e sintomas
A rinite alérgica é uma doença atópica crônica que se caracteriza pela inflamação da mucosa do nariz. Essa inflamação normalmente gera a obstrução nasal, prurido e espirros, que são os principais sintomas da doença.
A rinite alérgica, como qualquer alergia, é provocada por um conjunto de condições associadas à hipersensibilidade do sistema imunológico de certas pessoas a determinadas substâncias. No caso da rinite alérgica, essas substâncias são as que normalmente são absorvidas pelas vias aéreas superiores: fumaça (especialmente a de cigarro), ácaros, fungos, pêlos de animais (principalmente os domésticos como cães e gatos), poeira, entre outros.
A rinite alergica está associada a fatores genéticos. Em outras palavras, identifica-se com muito mais frequência a rinite alérgica em crianças cujos pais também sofrem de algum tipo de alergia.
Estima-se que cerca de 20% da população mundial sofra de alguma patologia alérgica, como a rinite alérgica, a asma ou o eczema atópico. Dentre elas, a mais comum é a rinite alérgica.
Além da obstrução nasal, pruridos e espirros, a rinite alérgica pode provocar dores de cabeça, zumbidos no ouvido e sensação de ouvido tapado, tosse, dores de garganta e dispneia. Esses sintomas mais graves normalmente se manifestam quando a rinite alérgica já está associada a outras doenças como faringite, laringite, asma e inflamação da trompa auditiva.
Rinite alérgica em crianças: diagnóstico, prevenção e tratamento
Como a rinite alérgica em crianças apresenta sintomas que também são provocados por outras patologias, o principal elemento que a pediatra levará em conta para fechar o diagnóstico é o histórico de saúde da criança. Por isso as consultas de puericultura são tão importantes.
A rinite alérgica é mais comum na infância e na adolescência, apesar de existirem raros casos de bebês que já desenvolvem a patologia. No diagnóstico, a pediatra investigará o histórico de saúde da criança, as condições às quais ela foi exposta, os ambientes nos quais ela vive e a quanto tempo os sintomas se manifestaram. A pediatra checará a possível exposição da criança às substâncias provocadoras da alergia e a ocorrência da rinite alérgica em outros membros da família.
Evitar a formação do ambiente propício ao acúmulo das substâncias que causam a rinite alérgica em crianças é a principal medida de prevenção à doença. Os ambientes nos quais a criança vive devem ser arejados e ensolarados, evitando a umidade. Por isso é importante evitar os equipamentos umidificadores de ar, uma vez que eles costumam criar o ambiente favorável para a reprodução de fungos e ácaros.
Nos espaços nos quais a criança passa mais tempo deve-se evitar o uso de carpetes, tapetes, forrações e bichos de pelúcia. Roupas, mantas e cobertores de lãs também devem ser evitados.
A higiene dos pisos e superfícies deve ser feita com pano úmido, evitando vassouras e espanadores, uma vez que elas levantam poeira. As roupas de cama e banho devem ser lavadas com água quente e os colchões e travesseiros devem ser aspirados com grande frequência – se possível, semanalmente.
A rinite alérgica não tem cura, mas tem tratamento. Após exame, a pediatra poderá receitar anti-histamínicos e corticoides tópicos nasais, como os sprays. De qualquer forma, nunca é demais lembrar que qualquer medicamento ou tratamento só deve ser administrado após consulta com a pediatra.
Sei que é incômoda a rinite alérgica em crianças, especialmente porque a infância é uma fase de exploração do mundo. Para as pequenas e pequenos que afeiçoam-se aos animais de estimação, a rinite alérgica ainda é mais sofrida! Portanto papais e mamães: nos primeiros sinais de obstrução nasal e espirros com frequência, chame a pediatra. Se precocemente tratada, a rinite alérgica pode se tornar apenas um leve incômodo, permitindo que seu filho viva todas as experiências que a infância deve possibilitar!